O primeiro texto num blogue é como as entradas nos restaurantes, diz-nos muito sobre o que se segue. Também como uma entrada, um prato delicioso, desperta-nos para áreas que gostavamos de conhecer, dominar. O nome do restaurante "www.planeamento.com", não porque seja unicamente dirigido às cidades e ao planeamento, ou à "malta" da especialidade, mas porque é a faceta livre de um site em produção, é o seu lado humano, e eventualmente a sua alma. O espaço é intimista, acolhedor, deixa-nos vaguear por outras mesas, observar os outros convidados, experimentar outros pratos. As paredes são moldadas por nós, mas a verdadeira liberdade está nas sensações que o prato nos desperta, sentimo-nos afundar em nós, e quando voltamos estamos prontos para falar sobre ele. "Então, estava bom?" perguntam.
domingo, 2 de dezembro de 2007
Starter
Entramos num restaurante, o espaço está engraçado, agradável, a luz com a tonalidade correcta, o serviço impecável, sentamo-nos, olhamos à volta, respiramos fundo. A tranquilidade é interrompida por uma rapariga de vestido preto, sorriso distante e olhar profundo, entrega-nos a carta e afasta-se lentamente. Deliciamo-nos a imaginar as cores, sabores e odores daquelas entradas e pratos, algo nos diz que viemos ao sitio correcto. Por momentos viajamos, levitamos, por entre as mesas, móveis, tecto e paredes, passamos pela cozinha e intrigamo-nos sobre o cozinheiro "o que terá ele para nós?", "será ele capaz de responder ao nível do espaço, do ambiente?". Desespero, "quando é que vêm as entradas?", "quero ver do que são capazes".
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3 comentários:
e como a vida mesma, o aconteçer do primeiro instante de uma situaçao privilegiada, tiago o que escreveste e tao real que as primeiras palavras de este blog nao podem ser superadas.
um abraço capullo.
Miguel.
Se juntares a essa expectativa a deliciosa sensação dos materiais à tua volta: o toque no tampo de madeira (tratada nessa mesma manha), a sensação de nos sentarmos e ficarmos com os pés bem assentes no chão, ou o toque suave do guardanapo de pano... completas o quadro.. :)
Pois somos nós, leitores e criticos deste espaço que podemos juntar este toque especial aos teus pensamentos.. não nos esquecendo que existe!
Parabéns maninho!
Master,
Me alegro.
As iniciativas, nascem para cresceram. Apoio a iniciativa.
As cidades sao mulheres (como a tua "camarera"). E como as mulheres há de tudo. Bonitas, feias, vibrantes, "sem sal", brancas, negras, coloridas, exóticas, vividas, virgens, falsas, verdadeiras, más, boas e boazonas, com luz, escuras, com mar, interiores, metropolitanas, rurais... Ai as mulheres, digo as cidades. Conta com a minha leitura. Se, e só se for espaço aberto, dinâmico e liberal de ideias. Sem dogmas, experimentalista, utópico quanto baste, com seriedade científica. Com força. Com Sabedoria. Com Beleza.
Popular, para todos e nao só para nós: pseudo-elite da linha.
Permito-me citar o Jorge (Palma): "ai Portugal, Portugal, do que é que tu estás à espera? Tens um pé n uma galera e outro no fundo do mar".
Abraço,
GG
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