Foi no dia 7 de Dezembro que na Sociedade de Geografia de Lisboa se deu o encontro do CEU (Council for European Urbanism) subordinado ao tema "Sustainable Urbanism for Waterfront Developments".
Sinceramente o único balanço que posso trazer para este blogue é o facto de necessitarmos estar atentos ao que se passa nas nossas cidades, aos projectos que nos são apresentados, e ao facto de ser essencial não confundirmos cidade com desenho académico e experimental. Os modelos tradicionais de cidade (quarteirão/rua/praça), na sua devida proporção e relação, apaixonam toda a gente (Lisboa / Madrid / Barcelona / Paris / Roma / Florença, entre outros). No entanto, somos confrontados com projectos do que foi apelidado de "starchitecture", com exemplos de Gonçalo Byrne (Estoril Residence), Rem Koolhaas (Rotterdam - multifunctional towers), Zaha Hadid (Kartal-Pendic Masterplan), e perguntamo-nos sinceramente: "gostavamos de viver ali?". No meio da controvérsia nacional pode ser que o mais pacifico seja o projecto do Gonçalo Byrne, isto pela sua dimensão.
Sou apologista de "starchitecture" como acupuntura urbana, tenho sérias dúvidas sobre "starurbanism". Estarão as cidades do futuro destinadas ao vazio, a serem capas de revista da especialidade ou a serem unicamente visitadas por arquitectos?
Não me identifico com os "velhos do restelo", mas também me pergunto se daqui a 30 anos vamos preferir ir de férias a Paris ou ir a uma cidade onde as praças e ruas se desenvolvem em eixos verticais. Fica a pergunta.
1 comentário:
Grande Tiago,
Se és o Velho do Restelo (VR) eu sou o D. Sebastiao (D.S).
Devo só recordar, que mudar custa sempre. - "o maior medo, é o medo do desconhecido" - Lovecraft.
Ser conservador, é ser humano. O quentinho do sofá. Faz sempre vento e frio lá fora. Mas, ainda assim, há malta que sai.
Recordo, que todas as BOAS e importantes intervençoes em cidade foram "MUITO COMENTADAS". AS mais antigas, as mais recentes.
Amoreiras, Centros Culturais de Belém...Alvalades... Até aquele museuzito que fizeram (uma STAR) em Bilbau, e que restruturou totalmente a cidade.
Imagino, o acto do legionário romano, cada vez que traçava o "cardus" e o "decumanos"...Que ordem!
Depois vejo outras cidades (mesmo na Lisboa que presenciamos), alfamas, mourarias, até que chegamos ao "traço do BA", que gostamos criticando, por razoes de salubridade. Esquecendo, que foi um AVANÇO.
Nao querendo utilizar expressoes políticas com as quais nao me identifico: "Avante!" Ou: "P'rá Frente Portugal", sem dogma e com espírito aberto.
Abraço,
GG
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