Um dos clichés mais conhecidos, sinónimo do refúgio da memória para uns dias de encanto, é também sinónimo do poder das cidades. Não se trata apenas da memória que temos de umas férias com alguém especial, mas do encanto que a cidade provocou com o seu glamour, a capacidade que essa cidade teve em libertar o melhor que há em nós. As cidades têm a capacidade incrivel de moldar pessoas, no entanto, comportam-se como todos os seres vivos, são sensíveis a tudo o que as rodeia e compõe. Desde o desenho, às funções, às politicas, às pessoas, bens, infraestruturas, transportes, etc. E competem entre si. Daí a importância do compreender a cidade para além de nos apaixonarmos por elas, é como olhar para uma praça e não ver apenas o espaço que a compõe, materiais, edifícios, usos, mas também toda a sua história, pessoas e sinergias que a mantêm viva. Podia ser Lisboa, Londres, Barcelona, Praga ou qualquer outra cidade, todas especiais à sua maneira, mas sempre umas mais "ricas" do que outras, apenas porque ao longo da história houve pessoas que se preocuparam com ela e que a mantêm viva. É impossivel ser-se arquitecto e não gostar de cidades, e como a necessidade de associação faz parte da natureza humana, teremos sempre sociedades, e "teremos sempre cidades".
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3 comentários:
Sem dúvida!
As cidades parecem, de facto, seres vivos! Não basta conhecê-las, é preciso também compreendê-las. E só assim elas se tornam realmente significativas nas nossas vivências.
Se não gosto das pessoas, não gosto da cidade, tão simples quanto isso. Por muito bonita que a cidade possa ser. As que mais me dizem? Porto, Madrid e Berlim. O ambiente que se vive em cada uma delas é semelhante e distingue-as de todas as outras cidades.
true!!!
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