terça-feira, 26 de maio de 2009

Acto I

Perdido no deserto aprecio a paz e a tranquilidade, respiro fundo, visito as memórias, lembro-me de amigos a quem partilhar aquele momento, sinto solidão, procuro pessoas, movimento, ruas, acção, asfixio.

No movimento da cidade corro contra o tempo, afogo-me em trabalho, em compromissos, em coisas que quero fazer e não tenho tempo, refugio-me algures à procura de paz, tranquilidade, respiro fundo e peço por um destino mais calmo, asfixio.

O silêncio preocupa-me, o barulho irrita-me, qualquer ruído constante massacra-me.


Os grandes génios criaram sinfonias cheias de altos e baixos, rápidos e calmos, tons variados, ritmos diferenciados, e colaram-nos com uma cola especial repleta de harmonia. Fazer cidade é procurar criar a sinfonia perfeita, a harmonia das inconstâncias, a alegria e o terror. Viver é oscilar, saltar, procurar...percorrer a sinfonia das paisagens com conhecidos e desconhecidos, é saber ter paz e intranquilidade, saber andar e correr, falar e gritar.

Apeteceu-me escrever alguma coisa... não sei o que vou fazer a seguir....