domingo, 11 de outubro de 2009

NON-SENSE

O planeamentopontocom foi um projecto inicial que partiu de uma premissa bastante bem definida e acabou por libertar-se na verdadeira essência da blogosfera....tornou-se independente, pluralista, critico, passou da cidade para a alma do Homem.

Como tudo tem o seu espaço, e este estava claramente desenquadrado, achei adequado uma relocalização de temas. Assim, passa a existir o NON-SENSE, blogue de temática livre, de actualização frequente, e o PLANEAMENTOPONTOCOM, como espaço dedicado à cidade, planeamento e arquitectura, cujas temáticas não serão tão frequentes.

Espero assim conseguir arrumar a casa e encontrar melhor motivação para continuar e escrever coisa "com" e "sem" sentido.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

"Blog crisis"

Sem qualquer participação no PIB nacional e com cotas cada vez mais baixas já não basta ocultar, senão assumir, que a crise chegou a este blogue. O desinteresse no mercado de ideias e uma escassa participação nos domínios mais interessantes obriga o planeamento.com a rever a sua posição no mercado, principalmente após o falhado "lay-off" e a forte contestação do sindicato. Recusamos qualquer medida de incentivo promovida pelo Estado, até porque há bancos de imagens mas não de ideias, e a difícil concretização de qualquer medida encontra-se espelhada na realidade portuguesa. Não sabemos ainda o que será o futuro do blogue, mas é certo que este depende de uma conjuntura cinzenta e desprovida de forças. A sátira encontra-se desvalorizada face ao inútil, a "Caras" vende mais que a "Visão", e a TVI sobe nas audiências. Assim, da mesma forma que o país bate no fundo, este blogue faz o mesmo, à espera de melhores dias....

terça-feira, 2 de junho de 2009

Cascais ao natural...

Recebi estas imagens por mail. Dia 17 de Maio em Cascais, a Marina recebe dois visitantes. Aqueles visitantes que já vi no Guincho e na Praia Grande, e que de vez em quando nos deixam a sorrir. Por que será?...será porque nos lembramos das atrocidades que às vezes cometemos em nome da prosperidade da raça humana?....porque sentimos que afinal ainda não arruinamos tudo?...não sei!...de qualquer forma aqui ficam uns sorrisos....


terça-feira, 26 de maio de 2009

Acto I

Perdido no deserto aprecio a paz e a tranquilidade, respiro fundo, visito as memórias, lembro-me de amigos a quem partilhar aquele momento, sinto solidão, procuro pessoas, movimento, ruas, acção, asfixio.

No movimento da cidade corro contra o tempo, afogo-me em trabalho, em compromissos, em coisas que quero fazer e não tenho tempo, refugio-me algures à procura de paz, tranquilidade, respiro fundo e peço por um destino mais calmo, asfixio.

O silêncio preocupa-me, o barulho irrita-me, qualquer ruído constante massacra-me.


Os grandes génios criaram sinfonias cheias de altos e baixos, rápidos e calmos, tons variados, ritmos diferenciados, e colaram-nos com uma cola especial repleta de harmonia. Fazer cidade é procurar criar a sinfonia perfeita, a harmonia das inconstâncias, a alegria e o terror. Viver é oscilar, saltar, procurar...percorrer a sinfonia das paisagens com conhecidos e desconhecidos, é saber ter paz e intranquilidade, saber andar e correr, falar e gritar.

Apeteceu-me escrever alguma coisa... não sei o que vou fazer a seguir....

quinta-feira, 21 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

Homónimo

Lá está...encontrei um homónimo pelo google (1.º e último nome)...parece que é bem novo e em 2007 entrou num concurso de ideias "desenhos de natal ´07" (Junta de Freguesia de Ramalde). Aqui fica o desenho do artista...

Custa-me a acreditar....

que o post anterior não tenha tido comentários...é um filme brutal, profundo, inovador e que diz respeito a todos...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Duas cidades numa visão diferente...

Tropfest NY 2008 winner, "Mankind Is No Island" by Jason van Genderen

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Crua verdade

"O país melhorou nestes 35 anos, principalmente para quem pode"
(Franco Charais, na revista "Única" de 25 de Abril de 2009)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Será possível?

Será possível tamanha falta de imaginação? Será que não se aprende nada neste país? Será que estamos remetidos à má cópia de boas criações? Será que não podemos contribuir com algo de novo, inovador? Será possível que nos consideram tão estúpidos? Será ....

São estas as várias questões que me assombram o espírito cada vez que vejo o outdoor do PCP com o slogan "Sim, é possível!", esta versão brejeira do "yes, we can" da campanha de Obama nos EUA.

Uma frase semelhante, conteúdos completamente distintos. A grande inovação de Obama foi baseada na renovação do passado e na força da esperança, com frases e discursos incisivos, e com um forte conteúdo. "Sim, nós conseguimos" é o resultado de anos de saturação, de uma crise histórica, e da vontade de mudança. "Sim, nós conseguimos" foi estudada, dissecada, avaliada, e tornou-se imagem de um discurso e de uma política de sucesso.

Mas será que podemos andar por aí a copiar a frase, mesmo que em contextos eventualmente semelhantes, sem ao menos nos preocuparmos com o discurso de fundo? Seremos todos tão ignorantes ao ponto de acreditar que o slogan ultrapassa a força do conteúdo?

A grande mensagem que veio dos EUA foi de que existe uma nova geração atenta, que os meios de comunicação globais agitaram mentes, e que a nova população "do mundo" pode mudar o nosso futuro comum ("our common future" Bruntland - príncipio do conceito de sustentabilidade).

Agora o que é que o "Sim, é possível" do PCP tem a ver com isso?...será o "sim, é possível afastarmos associados por discordarem do "mainstream" ideológico do partido?", será o "sim, é possível não censurarmos o incumprimento dos direitos humanos na China?"....ou será, na versão assustadora, o "sim, é possível governarmos"?

Sinceramente, acho que o PCP tem um papel essencial na democracia portuguesa, e se calhar por essa mesma razão não entendo tamanha falta de imaginação na criação de um slogan que os projecte para o futuro, ao invés de copiar uma receita. Será possível que não deram por ela?...ou acham que nós não daríamos?